Disponibilidade: Imediata
O presente livro traçou um quadro amplo do Sistema de Proteção Social implantado no Brasil a partir dos anos 30, assim como o papel da família dentro deste contexto de intervenção estatal. A rigor, o objetivo foi deslindar, não apenas sob ponto de vista econômico, mas principalmente a partir da perspectiva sociológica, a inter-relação existente entre família e sistema de proteção social.
A partir de uma ampla e densa pesquisa qualitativa e quantitativa junto às famílias pertencentes ao Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, buscou-se compreender como elas vivem e a influência do programa sobre as suas vidas. Para tanto, a argumentação movimentou-se em torno de três eixos analíticos a partir dos quais se demonstrou as seguintes teses: programas de transferência direta de renda às famílias mais pobres que possuem como contrapartida a inserção e a permanência da criança e do adolescente na escola conseguem, de fato, garantir melhores níveis de desempenho escolar. Somente por meio de uma complementação de renda que efetivamente garanta um mínimo de sobrevivência é que se pode alcançar maior sucesso no combate ao trabalho infanto-juvenil, sob pena das crianças e adolescentes continuarem trabalhando, apesar do recebimento da bolsa.
Programas sociais com vieses mais compensatórios do que emancipatórios não propiciam a autonomização econômica das famílias, o que as deixa numa situação crítica de dependência contínua e, com isso, pode até lograr a reprodução do ciclo da pobreza para as suas próximas gerações. A ideia, portanto, é discutir a relação de dependência existente entre famílias de baixa renda e Estado.
Páginas: 327
ISBN: 978-85-65540-00-1
Ano: 2012
Elisiane Sartori
Maria Lygia Quartim de Moraes
1.1. A consolidação do Sistema de Proteção Social: 1930 a 1964
1.2. A política social dos governos militares: continuidade ou reformismo?
1.3. O processo de democratização e as questões sociais em uma década perdida (1985-1994)
1.4. Os anos 90 e os dilemas do Sistema de Proteção Social
2.1. Um breve olhar sobre a formação socioeconômica de Campinas ..
2.2. Entre a “Crise de 1929” e o Progresso Econômico: suas virtudes e promessas
2.3. Do crescimento à estagnação econômica: como ficam os pobres?
3.1. Como nasceram os programas de transferência de renda no Brasil
3.2. Campinas e sua rede de proteção social
3.3. Peti: um programa de transferência direta de renda e suas nuances
3.4. Peti/Campinas: um novo olhar sobre a política de atendimento à criança e ao adolescente
3.5. As principais diferenças entre o Peti/Campinas e o Peti/Brasil
4.1. A família “refeita”
4.2. Perfil das famílias atendidas pelo PETI/Campinas
4.3. As famílias do PETI/Campinas e suas várias histórias: uma .análise qualitativa
4.4. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em Campinas: avanços, sucessos, limites e
fracassos
4.5. Alguns comentários sobre o PETI/Campinas: consequências e impactos
Lista de tabelas e gráficos
Referências Bibliográficas