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EXAME CRIMINOLÓGICO: INTRODUÇÃO AO DEBATE CRÍTICO
A interlocução entre Serviço Social, Criminologia e Direito torna possível delinear bases para um debate crítico sobre a execução penal no Brasil, desvelando as mediações que atravessam seus fundamentos e suas funções em uma sociedade de classes. A partir desse debate crítico, iluminam-se direções interdisciplinares para a atuação profissional compromissada com os fundamentos ético-políticos da radicalidade democrática e da defesa intransigente dos direitos humanos.
Introduzir um debate crítico sobre a tecnologia do exame criminológico é, assim, avançar na crítica da própria execução penal e, sobretudo, das expectativas do conservadorismo penal em relação a assistentes sociais nesse delicado e complexo jogo de forças posto no espaço sócio-ocupacional do cárcere, inscrito no âmago da violência de Estado capitalista e atravessado por uma autonomia profissional extremamente relativa. E é, também, posicionar-se criticamente em termos ético-políticos face à perversidade do encarceramento em massa da pobreza no modo capitalista de produção.
Dados do livro:
Autor: Rodrigo Augusto T. M. Leal da Silva
Prefácio: Maria Lúcia Martinelli e Gustavo Octaviano Diniz Junqueira
Orelha: André Katsuyoshi Misaka
ISBN: 978-65-87691-09-1
Ano: 2021
SUMÁRIO
Apresentação
Prefácio
Introdução
1. Corpos penais
1.1 Corpos do precariado
1.1.1 Aprisionamento da classe trabalhadora: do operário ao precário
1.1.2 Encarceramento do precariado brasileiro
1.2 Corpos selecionados
1.3 Corpos discursados
1.3.1 Discursos positivistas
1.3.2 Discursos e funções manifestas e latentes da pena
2. Exame criminológico
2.1 Tecnologia do exame e Lei de Execução Pena
2.2 (De)ontologias do exame criminológico
2.3 Dos prognósticos de reincidência aos planos condizentes com a realidade e outros chavões
2.3.1 (Re)confissão
2.3.2 Freios inibitórios
2.3.3 Planos futuros condizentes com a realidade
3. Enfrentamento e resistência: conservadorismo em curto-circuito
3.1 Serviço Social na emergência do cárcere
3.2 Politização dos usuários
Conclusões
Referências