Disponibilidade: Imediata
Esta coletânea reúne estudos empíricos e teóricos organizados por Joana Valente Santana, professora da Faculdade e do Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal do Pará, que possui uma rica trajetória em projetos de intervenção no espaço urbano, bem como pesquisadora dos temas da Habitação e Serviço Social. A partir de uma perspectiva crítica fundada na tradição marxista, os autores nos oferecem análises de diferentes temas relacionados ao espaço urbano, revelando as tramas e conflitos dos processos em curso. Cada um desses trabalhos traz sua contribuição no sentido de aprimorar a análise crítica sobre os temas propostos, ao mesmo tempo em que oferece bases para a intervenção do Serviço Social nessas áreas. Assim, as reflexões aqui apresentadas são de grande importância para a prática do assistente social nas grandes metrópoles, no momento em que a questão social assume maior complexidade a partir da globalização neoliberal.
Este livro se ocupa de uma pesquisa que nos interpela como sujeitos históricos a buscar respostas sobre “o que é o território e a que/quem serve este debate?”; ou seja, temos aqui um convite ao leitor a refletir sobre a realidade concreta sobre o território, sobretudo, possibilitando o avanço das lutas sociais e profissionais diante de tão significativo contingente da classe trabalhadora que padece sem moradia, que não pode usufruir dos frutos do chão que cultiva e nem das tantas paredes e tetos que constroem. Interessa-nos, nesta trilha, romper as cercas que aprisionam o tema e que influenciam as práticas sociais e profissionais.
Autora: Maria Helena Elpidio Abreu
Esta obra demonstra como confrontam-se e compatibilizam-se, no plano concreto, orientações diferenciadas acerca do modelo de gestão de cidades e do discurso da participação social. Demonstra que a construção de discursos hegemônicos formatados pelas agências multilaterais de crédito, especialmente o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), imprimem um papel decisivo na continuidade daacumulação do capital, mediante recomendações de políticas macroeconômicas aos países da América Latina em consonância com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, com enfoque na Reforma do Estado e na diminuição dos gastos com as políticas sociais. Todavia, em sua aparência ideológica, apresentam-se como organismos de combate à pobreza. Analisa como a prefeitura de Belém, na gestão alinhada à esquerda brasileira em fins da década de 1990 e inicio do século XXI, implementou uma proposta de participação social diferenciada das recomendações das políticas do BID (agência financiadora do projeto de intervenção urbanística), produzindo, de um lado, tensões e compatibilidades entre discursos de natureza progressista e conservadora, e de outro, a explicitação dos limites e das possibilidades do processo de democratização nos marcos da ordem burguesa.